Depois que eu vi um post parecido no blog da Gleice, Murmúrios Pessoais, eu fiquei pensando que não tinha escrito nada parecido aqui no blog. E me coloquei a pensar nos livros que eu li quando criança e nas adolescência. E me lembrei de livros maravilhosos. De livros que me influenciaram e que me tornaram a leitora ávida e apaixonada que eu sou hoje. Que me ajudaram a crescer intelectualmente *cof, cof* e pessoalmente. Enfim… que me inspiraram. Abaixo, eu coloco uma lista dos que eu lembrei. Infelizmente, a idade vai chegando e determinados fatos, mesmo que importantes, não são guardados.
Foram os primeiros livrinhos que apareceram na minha cabeça. Eu aprendi a ler com essa turminha, então eles sempre terão um espaço reservado no meu coração. Era engraçado, divertido ver a aventura dessa galerinha, as situações inusitadas em que se metiam, a lealdade com os amigos e os perfeitos traços do Maurício de Souza. Digno.
Eu lembro que eu tinha uma coleção com mais de 60 gibis desses. E eu lia, relia, ria muito com o Cascão sem querer tomar banho, tentando imitar o Chico com o seu caipirês roubando as goiabas do Seu Bento, ou do Cebolinha com os seus planos infalíveis e da Magali comendo tudo que via pela frente. Ou da Mônica com seu vestidinho vermelho, mas que ficava linda quando colocava um de festa. Enfim… o momento nostalgia acabou. Só posso dizer que foram esses quadrinhos que influenciaram mais do que tudo para que eu me tornasse a leitora que eu so hoje.
Acho que esses dois livros foram os que mais me marcaram quando criança, depois dos gibis. As ilustrações, as maluquices, a bela história, o jeitinho engraçado das palavras. O Menino Maluquinho me encantava com essa panela na cabeça e o seu ar intelctual. E o quanto ele sofreu com a separação dos pais. Mas ele era um garoto alegre, inteligente, esperto, amigo. E o livro trazia história do cotidiano de várias crianças, mas passavam uma sensação tão gostosa ao ler! Era o livro que lia e relia repetidas vezes. Já Uma Professora Muito Maluqinha me fazia lembrar da minha professora da primeira série – e ainda me faz, pra falar a verdade. Eu lembro que quando eu passei da primeira série pra segunda e a professora não era a mesma, eu chorei, chorei. E quando eu lia o livro, eu sentia como se a minha professorinha tivesse ido embora também. Adorei o novo relançamento do livro, trazendo uma nova capa, mas mantendo sempre a bela história.
Uma das melhores séries da minha vida! Eu ficava tão envolvida com a história criada pelo Pedro Bandeira! Para quem ler hoje em dia, pode ser uma história bem boba, mas eu ainda acho que poderiam fazer um ‘remake’, uma reedição dos livros. Eu ficava encantada com a história criada, com o envolvimento de quatro adolescentes que querem ajudar a combater as maldades do mundo contra grande vilões. *————*
Sabe quando você precisa ler algum livro e simplesmente não tem nenhum que te agrade? Então, foi por isso que eu li Menino de Asas. Na verdade, tinha uma coleção completa que a minha tia deu, já que os livros a minha prima não usaria mais na escola. Hoje, pelo que eu lembro da história, acho bem bobinha. Mas na época me fez ficar feliz. Afinal, eu não tinha tantas opções.

Eu lembro até hoje: eu li esse livro eu estava na 7ª série. A professora disse que me daria 3 pontos (eu disse TRÊS pontos!) se eu escrevesse a resenha do mesmo pro jornalzinho da escola. Acabou que eu li, AMEI e nem quis os pontinhos. Foi algo tão prazeroso, que não tinha motivos. A minha irmã já tinha lido, e claro, apesar de não estar rodeada de pessoas que falassem muito sobre livros, eu já tinha ouvido algumas pessoas falarem muito a respeito. Eu li. E sim, é impossível você não se apaixonar, se encantar! Esse também entra nos livros da minha vida. E ele está rodeando gerações e gerações. Há um ano e meio atrás eu assisti uma adaptação perfeita na minha aula de espanahol.
Este foi o tipo de livro também que eu pensei que nunca leria, e por fim, sim. Eu li. E mais de uma vez. A principal questão que me fazia questionar se eu leria ou não esse livro, era o tamanho da fonte dele, que é/era minúscula e dificultava MUITO a leitura, sem contar que não tem espaçamento nenhum entre as linhas.
Mas eu me envolvi com a história dessa família, do pai arrogante, da filha Isabel que abandona tudo por causa de um homem, do filho Julinho que se casa com uma boa moça, Alfredo que deseparece no mundo…
Uma mulher que lutou tanto pela família e que termina o livro sozinha. É triste, mas uma bela história.
Esses livros mexeram demais comigo. A luta de uma uma família. A luta dos pais para salvar o filho envolvido com drogas. E a luta do irmão para salvar o outro. E a luta do mesmo para ajudar os nossos jovens a não se envolverem com as drogas. Como é um livrinho mais antigo, tem algumas palavras da época. Exemplo: é usada a palavra tóxico para droga. E eu lembro que eu fiquei bem impressionada e angustiada quando eu li esses livros. E depois, quando a internet chegou até mim, eu fiz uma pesquisa a respeito dos livros, e eu fiquei embasbacada, por que sempre rola umas teorias da conspiração, né?! E uma das que eu li dizia que a história era toda criada pela autora e não veridicta, como contada no livro. Confesso que me abalou.
Eu lia várias crônicas da Valéria quando eram postadas na revista Atrevida e adooorava. Mas eu nunca pensei que leria um livro dela. E só quando eu terminei de ler foi que eu descobri que era um livro dela, especificamente.
A Valéria nos conta a história da sua vida no seu livro. Como seu primeiro namorado batia nela e como ela adquiriu o vírus da AIDS. E como ela vive hoje em dia com a doença, casada e feliz.
Foi um pouco chocante pra mim. Eu nunca imaginei que uma pessoa com AIDS se casaria novamente. Principalmente: eu nunca pensei que alguém se casaria com alguém com AIDS. OK, pode parecer um pensamento preconceituoso, eu sei que é. Mas quando eu li foi isso o que eu pensei. E o livro funcionou para me mostrar que pessoas com a doença podem sim ter uma vida normal.