Título: Bom Dia, Princesa! Título original: ¡Buenos días, princesa! Autor: Blue Jeans Ano: 2015 Editora: Planeta Número de páginas: 496
Não imaginei que vocês fossem ficar tão frenéticos por esta resenha ou que eu mesma fosse gostar tanto do livro, mas sim é a resposta para as duas questões anteriores. Vou contar para vocês, então, o que achei de Bom dia, princesa! do Blue Jeans. A resenha vai ficar um pouco grande, mas assim como é um livro introdutório, preciso fazer essa ‘introdução resenhal’ para vocês.
Bom dia, Princesa! conta a história de 6 adolescentes: Valéria, Bruno, Raul, Elisabete, Ester e Maria. Eles são rejeitados pelo restante da escola – apesar de eu achar que um ou dois deles não foram tão rejeitados assim – e a partir daí eles se descobrem montando O Clube dos Incompreendidos: ali eles sentem-se normais e acolhidos, suas singularidades não são um defeito junto com os demais, pelo contrário, tiverem que aprender a conviver com aquilo que todo mundo acha mais estranho – e estou falando de coisas simples, como timidez. E durante dois anos eles se encontram, se ajudam, criam vínculos. Porém, alguns dos membros acha que depois de todo esse tempo, eles não precisam mais se reunir e que, fala sério, o clube é uma chatice.
Elisabete é apaixonada por Raul, assim como Valéria. Porém, uma não sabe que a outra gosta da mesma pessoa. Elisabete tem a personalidade bem forte e antes era o patinho feio da escola até seu corpo começar a mudar e tornar-se linda e atraente aos olhos dos garotos, apesar que algumas pessoas insistem ainda em provocá-la por causa do seu passado feio.
Valéria, ou Val, é apaixonada por Raul também. Ela e Elisabete tem uma relação bem interessante de se acompanhar, principalmente por causa da diferença na personalidade das duas. Amizade é isso: você se encaixa com pessoas que nunca passou pela sua mente que fosse alguém decente interessante para si mesmo. A Val é bem ‘normal’: ela ajuda a mãe na loja, é dedicada aos estudos e uma boa filha.
Raul é o carinha popular no grupo – e até fora dele. Ele é bonito e bem educado, o típico cara que faz você suspirar: gentil e educado.
Eu quis falar exatamente sobre o que acontece neste livro, pois estes três são os personagens principais, então, não vi como spoiller e sim como uma maneira de mostrar para vocês que boa parte da história ficará focada neles três.
Bruno é apaixonado pela sua amiga e não é correspondido e isso o destrói por dentro, pois tem a sensação que de tudo na sua vida não é correspondido ou termina de uma maneira feliz.
Ester é atleta e apaixonada por uma pessoa que parece não sentir o mesmo que ela, mas mesmo assim não inibe seus sentimentos. Ela parece perdida no meio de todo esse caos, mas os amigos a ajudam a ver como as vezes fazemos escolhas erradas.
Maria é uma garota tímida e que não sabe bem o que está acontecendo consigo mesma. Apesar de aparecer junto com outros e em partes pontuais, foi a que mais me surpreendeu no final, principalmente porque eu não esperava em momento nenhum o que aconteceu. E eu fiquei feliz, tipo muito feliz, quando li.
No decorrer do livro, vamos acompanhando a história desses seis amigos, torcendo, descobrindo. Gosto da premissa de que para conquistar algo, sofremos, lutamos e temos a companhia de amigos ao nosso lado, para ajudar quando necessário. Por ser um livro introdutório, temos pequenas porções da vida de cada personagem e seus conflitos tão típicos da idade e, alguns, um pouco mais adultos. A fase de transição que ocorre na vida de todo mundo. 😉
Eu não sei se é uma característica dos autores espanhóis (porque eu já tive essa mesma sensação com outros), mas eu sempre acho que eles escrevem demasiadamente e que, no fim, não é totalmente necessário para o andamento da história, fazendo com que o livro tenha muitas, muitas páginas. O que acaba me desanimando, pois tem alguns detalhes bobos, algumas descrições de lugares, por exemplo, que não são necessárias. Ao mesmo tempo, você lê, lê, lê e de repente, já ultrapassou mais da metade do livro e continua.
O que chega a um fato que me incomoda: nós temos 6 histórias diferentes sendo contadas aqui, só que, obviamente, alguma delas vai ter um destaque maior. E falando sério: eu não gosto muito porque demoro a me acostumar com as características e nomes de cada um, principalmente quando eles estão interagindo entre si. É um livro para adolescentes, então, tudo para eles é novidade, tem muito para contar, para mostrar, para fazer. E ainda assim eu adorei o livro, principalmente as páginas finais que eu senti que trouxe alguns temas bem interessantes para a premissa e que, verdadeiramente, me surpreenderam. E eu estou sendo bem chata com livros juvenis, porque simplesmente não faz mais parte de quem eu sou agora, então, acabo achando chatinhos e sem fundamento. Foi bom ler algo que mostra aspectos típicos dessa idade de uma maneira não saturada.
O livro fala principalmente sobre os desencontros do amor, as descobertas adolescentes, o lance de você querer uma pessoa que não te quer, as descobertas do corpo e suas próprias, que o coração não escolhe gênero ou cor para fazer você se apaixonar… Essa é uma mensagem que eu acho muito importante de ser transmitida para jovens.
Aaaaah, eu queria também falar do César, um garoto que aparece de repente no livro e que acabou me conquistado mais do que os personagens principais. Ele é carismático, cheio de personalidade (que no filme ficou um pouco diferente) e que eu desejo que apareça mais nos outros livros, pois ele tem conteúdo para um livro único, por exemplo.
Faltando poucas páginas para concluir minha leitura, me aventurei em assistir o filme – que está disponível no Netflix e se chama El Club de los Incomprendidos –, antes de terminar o livro. E foi aqui que eu percebi o quanto gostei do que estava lendo, quando eu consegui ver os personagens ganhando vida, consegui enxergá-los como adolescentes mesmo e distinguir melhor as características de cada um. Alguns fatos ficaram mais claros para mim quando eu vi o filme, não apenas no livro, como a minha sensação que o Raul não era um incompreendido totalmente: ele era até muito popular, mas decidiu por conta própria participar do grupo porque achou que era o certo no momento.
Eu tenho mais dois livros do autor aqui e me animei mais em ler agora. Não sei quando ainda, mas postarei minha opinião para vocês também. Me senti atraída por eles por causa dos títulos, esses que o autor sabe muito bem escolher. Mas tenho uma ressalva quanto a este livro: eu teria mantido o título como O Clube dos Incompreendidos, achei que coube melhor dentro da história do que o título acolhido pelo autor.
Bom dia, Princesa! é o primeiro livro de uma trilogia que já está completa! Agora é só aguardar a editora publicar os demais! Eu acho essa capa linda e a diagramação internar é básica e o início de cada capítulo tem alguns detalhes fofos.
2 Comentários
Olá! Tudo bem?
Quero esse livro desde o mês passado quando uma amiga me falou sobre o lançamento, amoooo livros juvenis, sinto uma nostalgia danada e mergulho sempre na história. Espero lê-lo em breve e me deliciar também. E que venham os outros livros logo. Adorei a resenha.
bjs
Então é provável que você vá gostar desse, se joga na alegria!